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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O Natal do Senhor é o Natal da paz

É a paz que gera os filhos de Deus e alimenta o amor

Enquanto adoramos o nascimento de nosso Salvador, celebramos também o nosso nascimento.

Efetivamente, a geração de Cristo é a origem do povo cristão o Natal da Cabeça é também o natal do Corpo.

Embora cada um tenha sido chamado num momento determinado para fazer parte do povo do Senhor, e todos os filhos da Igreja sejam diversos na sucessão dos tempos, a totalidade dos fiéis, saída da fonte batismal, crucificada com Cristo na sua Paixão, ressuscitada na sua Ressurreição e colocada à direita do Pai na sua Ascensão, também nasceu com ele neste Natal.

Todo homem que, em qualquer parte do mundo, acredita e é regenerado em Cristo, liberta-se do vínculo do pecado original e, renascendo, torna-se um homem novo. Já não pertence à descendência de seu pai segundo a carne, mas à linhagem do Salvador, que se fez Filho do homem para que nós pudéssemos ser filhos de Deus.

Se ele tivesse descido até nós na humanidade da natureza humana, ninguém poderia, por seus próprios méritos, chegar até ele.

Por isso, a grandeza desse dom exige de nós uma reverência digna de seu valor. Pois, como nos ensina o santo Apóstolo, nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu (1 Cor 2,12). O único modo de honrar dignamente o Senhor é oferecer-lhe o que ele mesmo nos deu.

Ora, no tesouro das liberalidades de Deus, que podemos encontrar de mais próprio para celebrar esta festa do que a paz, que o canto dos anjos anunciou em primeiro lugar no nascimento do Senhor?

É a paz que gera os filhos de Deus e alimenta o amor; ela é a mãe da unidade, o repouso dos bem-aventurados e a morada da eternidade; sua função própria e seu benefício especial é unir a Deus os que ela separa do mundo.

Assim, aqueles que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus mesmo (Jo 1,13), ofereçam ao Pai a concórdia dos filhos que amam a paz, e todos os membros da família adotiva de Deus se encontrem naquele que é o Primogênito da nova criação, que não veio para fazer a sua vontade daquele que o enviou. Pois a graça do Pai não adotou como herdeiros pessoas que vivem separadas pela discórdia ou oposição, mas unidas nos mesmos sentimentos e no mesmo amor. É preciso que tenham um coração unânime os que foram recriados segundo a mesma imagem.

O Natal do Senhor é o natal da paz. Como diz o Apóstolo, Cristo é a nossa paz, ele que de dois povos fez um só (cf. Ef 2,14); judeus ou gentios, em um só Espírito, temos acesso junto ao Pai (Ef 2,18).

São Leão Magno, Papa e Doutor da Igreja - Século V

disponível no site cancaonova.com


domingo, 20 de dezembro de 2009

Paróquia celebra encerramento da Novena

Foi muito bonito. Toda a paróquia reunida na Igreja Matriz de Granada, coroando as novenas de todos os grupos de todas as comunidades. O padre Luiz Martins celebrou, dentro da eucaristia deste 4º Domingo do Advento, o nono dia da novena de Natal que este ano trouxe como tema os sacramentos.
Contamos com a participação de todos os grupos além de representantes que entraram no momento do memorial dos sete sacramentos. Neste domingo que antecede o Natal do Senhor, vimos a visita de Maria à sua parenta Isabel, onde desde cedo, se anunciou que o nosso Salvador estaria junto de nós.
Toda a comunidade participou entusiasmada da celebração, entoando juntos os cantos propostos pela novena. Ao final, muitos foram os votos de Feliz Natal, já que muitos de nossos paroquianos, em virtude da distância, não participarão da missa do dia do Natal.
Depois da missa tivemos do lado de fora da igreja o momento da partilha. Foi nesta hora que se experimentos que o pouco de cada um é muito quando participa em comunidade.
Que este Natal seja de bênçãos para toda a nossa paróquia e que o menino Jesus possa nascer em nosso coração, fazendo-nos mais solidários e comprometidos com o Reino de Deus.


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Advento

Tempo do Deus da libertação:
A liturgia do Advento por meio dos textos do profeta Isaías nos apresenta o Deus que aterra os vales, aplaina as montanhas, faz com que o deserto floresça, coloca juntos o leão e o cordeiro. É o Deus do impossível, que vem para proteger os pobres e dissipar as trevas por meio da sua Luz. (cf. Is 9, 1-6; 40, 1-30; 45, 7-8)


Tempo de expectativa vigilante e alegre:
Em toda a liturgia do Advento ressoam as promessas de Deus que foram cumpridas em Jesus Cristo. Porém, no fim dos tempos, irá se realizar em definitivo a história das “promessas de Deus” e aparecerá o objeto de todas essas promessas, isto é, o próprio Deus, visto e contemplado em toda a riqueza da sua graça. É a expectativa gerada no Advento e que nos conduz a um estado de vigilância e de preparação para esse grande momento.

A expectativa vigilante é sempre acompanhada da alegria. Por isso podemos afirmar que o Advento é tempo de expectativa jubilosa porque aquilo que se espera certamente acontecerá. Deus é sempre fiel.


Tempo de esperança:
São Paulo nos mostra que o Deus da revelação de Jesus Cristo é o “Deus da esperança”(Rm 15,13). Por isso toda a Igreja vive dessa grande esperança, e nela nos mergulha no Advento. O povo de Israel esperou o cumprimento das promessas de Deus e a Igreja vive delas. A esperança da Igreja é a mesma do povo de Israel, mas já realizada em Cristo. A Igreja vive, na esperança, a sua existência como graça de Cristo para todos os homens. E pelo mistério do Advento, essa mesma Igreja é chamada a tornar-se sinal concreto de libertação integral do homem.

O Advento é o tempo litúrgico da grande educação à esperança: uma esperança que se torna, pela graça de Deus, forte e paciente; que aceita a hora da provação e da perseguição; enfim, uma esperança confiante.


Tempo de conversão:
A experiência nos mostra que não existe possibilidade de esperança e de alegria sem retornar ao Senhor de todo o coração, na expectativa da sua volta. Para isso, precisamos converter radicalmente os nossos corações ao Senhor com a real disposição de deixar o que é velho em nós e assumirmos o novo em nossas vidas.

Coragem! O Advento é o tempo propício de conversão aos duros de coração.


Dimensão histórica da salvação:
Deus se fez homem e veio habitar no meio de nós. O Deus eterno quis entrar no tempo e viver a nossa história. Ele é o “Deus-conosco” que salvou a humanidade inteira. E no Advento recordamos essa dimensão histórica da salvação, realizada em Jesus Cristo, que nos conduziu a plenitude dos tempos (cf. Gl 4,4).


Dimensão escatológica do mistério cristão:
O Senhor Deus se manifesta em sua Palavra como “Aquele que é, que era e que vem”(Ap 1,4-8; Ex 3,13-14). Por isso, o Advento, com a sua liturgia própria, nos ajuda a ver a história como lugar do agir das promessas de Deus e nos direciona para o seu cumprimento no “Dia do Senhor”.


Dimensão missionária:
No Advento, toda a Igreja contempla o Pai que envia seu Filho para salvar os homens por meio da ação (envio) do Espírito Santo. Por isso o Advento de Cristo na Igreja e por meio da Igreja atua-se mediante a missão. Esse Tempo litúrgico é assim, por sua própria natureza, o tempo do aprofundamento do significado autêntico da missão.

A Igreja não vive para si, mas para o mundo. Cada cristão participa dessa missão de proclamar a vinda do Senhor e de esperá-la com uma alegre expectativa. Isso é essencial na vida cristã. E o mistério do Advento nos insere nessa missão.

Enfim, ao contemplarmos e vivermos a espiritualidade do Advento, percebemos duas grandes dimensões: a escatológica (aprofundada até o dia 16 de dezembro) e a natalina (aprofundada do dia 17 a 24 de dezembro).


sábado, 28 de novembro de 2009

O Tempo do Advento

Introdução

A palavra "advento" quer dizer "que está para vir". O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.

O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.

Esse Tempo possui duas características: As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.

do site comshalom.org


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Festa de Cristo Rei e Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas

No último domingo do ano litúrgico, a Igreja comemora a Festa de Cristo Rei, que foi instituída pelo Papa Pio XI, 1925. – “Rei, reinar, reger”, vem de “rex, regere” (língua latina” = Rei, que é chefe de um país, de um povo), que procura “reger, dirigir,orientar para felicidade e realização do bem estar de todos.

O Reino de Deus foi e será sempre a vitória sobre o pecado e a morte, que garante a salvação da humanidade. Para Jesus, o poder é servir, dar a vida. A riqueza torna-se misericórdia (acolhimento aos outros) e neste Reino não há súditos, mas irmãos(ãs) amados(as).

Somos convocados para um encontro com Jesus Cristo vivo. Ele é nosso Rei, porque procuramos viver segundo seus ensinamentos, orientar o nosso modo de pensar, de falar, de julgar, de agir, de trabalhar e de viver. O Reino de Deus acontece onde Jesus é conhecido, acreditado, obedecido e amado. Nele, Jesus é rei e reina, pois está apresente o amor verdadeiro. O Reino de Deus começa dentro do coração das pessoas e cresce na vida comunitária. Foi Jesus que disse: “o Reino de Deus está no meio de vós!” (Lc.17,21)


Neste dia, a Igreja no Brasil celebra também o Dia Nacional dos cristãos leigas e leigos. O Concílio Vaticano II resgatou seu papel fundamental como membros povo de Deus e protagonistas da Evangelização e da promoção humana. No documento de Aparecida, ficou expresso que os leigos e leigas são discípulos missionários, luz do mundo, onde quer que se viva, trabalhe, reze e se divirta, ou seja, na família, na escola, na Igreja, na oficina, fábrica, escritórios, consultórios, no mundo da cultura, da comunicação, no mundo da política, no mundo das ciências, das artes, do trabalho e do sofrimento (Doc. Ap.210). São homens e mulheres da Igreja no mundo e homens e mulheres do mundo na Igreja,”são chamados a participar na ação pastoral da Igreja, primeiro pelo testemunho de vida, na Sociedade fazendo com que ela seja mais justa e fraterna e anúncio do Reino definitivo. Em segundo lugar com ações no campo da evangelização, da vida litúrgica e tantas outras formas de apostolado, segundo as necessidades locais sob a guia de seus pastores” (Doc.Ap.211). Esta atuação dos leigos e leigas no trabalho evangelizador é fundamental, conforme nos ensina o Papa João Paulo II: “A Evangelização do Continente não pode realizar-se hoje sem a colaboração dos fiéis leigos.”(Exortação Ecclesia in América 44). No exercício desta sua missão, “os leigos necessitam de uma sólida formação doutrinal, pastoral, espiritual e sócio transformadora para darem testemunho de Jesus Cristo e dos valores do reino”. (Doc. Ap.212)


Neste dia, queremos ressaltar a importância da organização dos leigos e leigas. Precisamos valorizar e incentivar os Conselhos de Leigos, seja no âmbito Nacional, Regional, assim como nas Igrejas Particulares, pois são instrumento válido, ativo e necessário para contribuir com a melhor compreensão da vocação laical bem como sua missão no meio do mundo e na comunidade eclesial.

Queremos saudar tantos leigos e leigas por todo o Brasil pelo imenso trabalho de ser luz no mundo, pela participação nos diferentes campos de inserção na Sociedade. Alegramo-nos com todos os que assumem a sua vocação batismal e a dimensão eclesial da própria fé no exercício de um ministério eclesial ou na presença transformadora e santificadora no mundo. De um modo especial,neste dia em que também encerramos o Ano Nacional da Catequese, queremos externar reconhecimento e gratidão por tantos leigos, leigas catequistas, construtores do reino de Jesus na catequese de adultos, junto aos jovens e crianças.

Parabéns aos cristãos leigas e leigos pelo seu dia.


Dom José Luiz Bertanha

no site cnbb.org.br


Consciência Negra

Neste dia 20 de novembro, comemorou-se em todo o Brasil o dia da Consciência Negra. Trata-se da memória de Zumbi dos Palmares, chefe do quilombo dos Palmares, em Alagoas. Por todos os cantos do país muitas foram as manifetações com o intuito de recordar este dia. Dia para a negritude do país, mas sobretudo, para todos nós. É preciso acordarmos e ver que ainda há o mesmo tipo de discriminação que sempre esteve presente em nosso país. Pior ainda é o preconceito contra os pobres e os desfavorecidos economicamente, socialmente e intelectualmente. Prova disso é que temos o péssimo hábito de dividir a nossa sociedade entre os pobres e os ricos, os negros, os brancos, os amarelos, etc. Temos o péssimo hábito de tratar nossos concidadãos de pele negra de afrodescendentes, como se apenas os não negros tivessem o direito de ser brasileiros. Os negros, embora de uma etnia originalmente africana, se nascem no Brasil, merecem respeito e qualificação como brasileiros. Não cabe à sociedade segregar, separando lugares especiais aos negros, pois aí há uma forma velada de discriminação. Cabe a nós, reconhecer nossa igualdade enquanto pessoas, onde há qualidades em todos, valores humanos que fazem um bem enorme à sociedade brasileira. Que possamos buscar a liberdade de todos, construindo a igualdade e valorizando a diversidade.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Morre Dom José Afonso, bispo emérito de Borba, AM

Parece estranho uma postagem destas em nosso blog, já que quase nenhum de nossos leitores têm conhecimento do bispo da Prelazia de Borba, no estado do Amazonas. Decidimos por mencioná-lo aqui, pois este bispo, quando ainda era titular da referida prelazia, foi o primeiro a dar crédito ao Instituto de Missionários Leigos, cujo fundador é nosso conterrâneo, o Padre Antônio Geraldo de Assis Pereira. Dom José Afonso acolheu as duas primeiras missionárias leigas do instituto em suas terras, dando um grande impulso à missão desempenhada na Amazônia. Na época, conforme nos contaram as missionárias Olívia e Cici (esta última tem uma ligação afetiva estreita com a nossa comunidade de Santa Efigênia), foi necessário liderarem até a limpeza da igreja, mas sobretudo, foi na animação daquelas comunidades que as missionárias cumpriram seu melhor papel. A Dom José Afonso, seguidor fervoroso de São Francisco de Assis, nossa paróquia, mesmo sem saber, deve todo o respeito, já que ajudou um de nossos conterrâneos a desempenhar seu papel missionário. Que Deus o recompense na vida eterna com muito mais do que deu em sua vida terrena.


Alegres na tribulação

Se tomarmos consciência de que Deus está no controle de nossa vida, não teremos o que temer. Ao contrário, tudo será motivo de ação de graças. A vontade de Deus, para nós, é a alegria.

Quando estamos unidos a Cristo, é possível sermos alegres, apesar dos sofrimentos, das dores e tribulações.

No sistema capitalista em que vivemos, temos uma falsa liberdade e uma falsa alegria. E assim isso vai tirando Deus de nosso interior. É como uma hemorragia interna em que perdemos sangue sem perceber e, quando percebemos, o estado já pode ser trágico. Deus é a causa de nossa alegria, não o dinheiro.

Abandonar-se à tristeza é deixar-se ir morrendo aos poucos. A alegria é como o oxigênio da nossa vida. Se a perdemos e nos intoxicamos com a tristeza, somos arrastados para a morte.

Tristezas virão, mas não podemos entregar a nossa alma a elas. A fonte da sua alegria é o Espírito Santo. Por isso, “Não entregues tua alma à tristeza...”.


Monsenhor Jonas Abib

do site cancaonova.com


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Congresso Arquidiocesano de Catequese



O primeiro Congresso Arquidiocesano de Catequese da Arquidiocese de Mariana será realizado de 6 a 8 de novembro no Liceu Dom Viçoso, em Itabirito, com o tema “Catequese, caminho para o discipulado”, e lema “Iniciação à vida cristã”. De acordo com a Dimensão, ele tem como principais objetivos “aprofundar o tema do 2° Ano Catequético Nacional: ‘Catequese, caminho para o discipulado’, com ênfase na iniciação à vida cristã e catequese com adultos; reunir catequistas e agentes de pastoral para debater as propostas e encaminhamentos das Assembleias Regionais de Catequese realizadas no primeiro semestre de 2009; dar continuidade à elaboração e implantação do Plano Arquidiocesano de Catequese: ‘Catequese para todos e para todas as idades’; incentivar a formação de comunidades catequizadoras e promoção da Pastoral Orgânica e celebrar a alegria de servir por meio da catequese e do serviço pastoral na Igreja”.
O Congresso, ainda segundo os organizadores, é direcionado aos coordenadores de dimensões e pastorais e catequistas que tenham participado das Assembleias Regionais ou que tenham sólida experiência catequética. As vagas foram direcionadas para cada uma das cinco Regiões Pastorais da seguinte forma: 50 para a Sul, 60 vagas para a Região Mariana Leste, 15 para a Centro, 40 para a Região Oeste e a Região Norte ficou com 30.
Este grande evento, articulado pela Dimensão Catequética da Arquidiocese de Mariana, conta com o apoio das paróquias Nossa Senhora da Boa Viagem e São Sebastião, de Itabirito.

Fonte: arqmariana.com.br


domingo, 1 de novembro de 2009

Fim do ano... litúrgico!

O mês de novembro configura o fim do ano litúrgico, a coroação de um ano de celebrações cheias de significados e importantes para a vivência da fé cristã. Com isto queremos dizer que não há cristão fiel que não participe da liturgia. O mês começa com duas celebrações que nos fazem compreender duas realidades de nossa fé muito importantes: a comunhão dos santos e a ressurreição. No mês de novembro também há o coroamento de nosso ano litúrgico coroando a quem merece: o próprio Cristo, nosso Rei e Senhor.
Há ainda outro aspecto muito importante a ser lembrado. Nas nossas Igrejas celebramos o mês do dízimo. É um tempo de conscientização de nossa participação por completo na obra da evangelização. A Igreja precisa da ajuda de todos e todos necessitam da Igreja. O próprio Deus nos dá muitos dons dos quais necessitamos. Cabe a nós retribuir com um pouco do que somos e TEMOS. Não é pagamento pelo que Deus nos dá, mas retribuição pelos seus dons.
Que neste mês de novembro façamos a profunda experiência de Deus em nossas vidas a fim de que ele esteja presente em nossos lares, nas coisas que fazemos, no bem que prestamos aos irmãos e irmãs por intermédio da própria Igreja.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

O problema da violência em Granada

Desordem, violência, drogas. Estas coisas têm atrapalhado a tranquilidade que em outros tempos reinou em Granada. No último final de semana, um grupo de três adolescentes espancou uma jovem na rua. Não sabemos os reais motivos dessa atitude, mas sempre soubemos que nada justifica a violência. Dizem que a referida jovem apanhou com capacetes de moto e só não morreu em decorrência deste fato porque alguém finalmente apareceu.

Depois do acontecido, dizem que a polícia foi procurada, o que não surtiu efeito. Além de tudo, as pessoas ainda saem em defesa dos rapazes, dizendo que ela merecia. Isso tudo traz à tona um tipo de preconceito muito escrachado na sociedade brasileira, contra os menos favorecidos. A situação piora quando sabemos que a moça é alcoólatra, tem duas filhas – cada uma com um homem diferente – e está sempre envolvida em escândalos sexuais. Mas nem isso justifica a violência.

Com isso, vem mais coisa à tona. O problema da violência em Granada ultrapassa qualquer espancamento público. O que dizer do som automotivo, que chega a ensurdecer as pessoas (com uma música de péssimo gosto) e atrapalhar o sono dos moradores daqui? E as motocicletas, que só não atropelaram ninguém por pura sorte? Diante de tudo isso, nos perguntamos onde está a ordem e que atitude podemos tomar. Chegamos à conclusão de que enfrentamos um problema político de dimensões enormes, onde os que deveriam se preocupar com a paz do lugar, se preocupam sim com seu próprio bolso. Enfrentamos também um problema na educação, onde os pais jogam toda a responsabilidade para cima da escola enquanto esta não cumpre nem mesmo a sua, que é ensinar. Assim, qual será o futuro das nossas crianças? Com certeza estarão entre os espancadores ou serão as vítimas da violência.

E no fim, as vítimas seremos todos nós. A fama que Granada teve num passado distante voltará, mas com dimensões muito maiores, envolvida em modernidade, onde se “acha bonito” tudo o que sempre foi tido como errado. Os menores sabem dos seus direitos, os maiores não cumprem seus deveres, a polícia se faz de desentendida, a justiça continua cega, o poder público defende os errados e nós ficamos no meio da guerra, pois não é preciso estar na favela das grandes cidades para experimentar o caos.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Da Bíblia à missão

No mês de setembro comemoramos São Jerônimo, o tradutor da Bíblia para o latim. Sua tradução, chamada Vulgata, até nossos dias é usada por nós católicos e é fonte de estudo das Sagradas Escrituras. Ele aceitou em sua época (séc. IV e V) o convite do papa Dâmaso de ir à Terra Santa para cumprir sua missão mais próxima possível das origens da Palavra de Deus. Por esta razão, reverenciamos a Bíblia de um modo especial em setembro, mês em que nos lembramos deste grande santo da Igreja.
Por outro lado, ao terminarmos o mês de setembro, entramos no mês missionário, onde celebramos no dia 1º, Santa Terezinha do Menino Jesus, a padroeira das missões. Ela, muito embora não tivesse saído do Carmelo para se tornar missionária em terras distantes, tornou-se modelo de persistência missionária, ao enfrentar todas as adversidades a fim de manter-se fiel à sua vocação, além de cumprir o papel principal do missionário: a oração.
Que relação tiramos destes santos? Ambos, em tempos diversos, procuraram viver a missão confiada a si por Deus através da oração e do anúncio da Palavra, fonte de inspiração à pregação missionária.
A Boa Notícia do Evangelho é a resposta que devemos dar ao mundo que padece por falta de Deus. A missão é a nossa resposta diante da Palavra de Deus, um compromisso firmado por nós para que possamos levar ao mundo aquilo que ele mais precisa.
No mês de outubro, mês das missões, possamos colher os frutos da Palavra e assim, sejamos enviados a anunciá-la a todas as pessoas de bem. Desta forma, colaboramos com a transformação do mundo que clama cada vez mais por Deus.


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Padre Luiz Martins completa um ano à frente de nossa paróquia

No dia 30/09 completa um ano que o Padre Luiz Martins está à frente de nossa paróquia. Para quem se lembra, foi uma linda festa, daquelas que há muito tempo não se via em nossa igreja. Prova disso é que a igreja estava completamente lotada na ocasião. A missa foi muito bonita e contou com a presença de quase todos os padres de nossa forania, além da presença do vigário episcopal. Foi um momento tão importante para nós que não cai no esquecimento jamais.
Pois bem, longe dos saudosismos, voltemo-nos ao assunto principal: a presença do Padre Luiz Martins em Granada. Vejamos as coisas boas que já aconteceram em apenas um ano. Só não vê quem não quer. Além de tudo, encontramos em toda a extensão de nossa paróquia só elogios ao nosso padre.
Na missa de domingo, 27/09, à noite, o Padre Luiz Martins pediu oração e disse que também está rezando por nós. Esta foi uma vitória da nossa paróquia, mas sobretudo é um desafio que está sendo enfrentado e vencido pelo padre, já que ele é tão novo no ministério. De nossa parte, só temos a agradecer a Deus pela sua presença entre nós. Que possamos comemorar outros muitos anos com o padre Luiz Martins e possamos, com o tempo, colher muitos frutos daquilo que está sendo plantado em nossa paróquia por ele com a nossa participação. A paróquia assume a cara do seu padre e, com certeza, um padre bom só pode formar uma paróquia boa. Estamos tentando trilhar o caminho e se Deus nos ajudar mais, atingiremos níveis muito melhores.


Santa Efigênia celebra sua padroeira

No último sábado, dia 26/09, a comunidade de Santa Efigênia, conhecida por alguns como Patrimônio, celebrou a sua padroeira com festa e celebração da Santa Missa. Além do povo daquela comunidade, uma parte do coral de Granada esteve presente para ajudar a abrilhantar a festa.
Há uns oito anos, a antiga capela de Santa Efigênia foi demolida para dar lugar a uma nova igreja, obra que foi iniciada pelo Padre José Geraldo da Silva (Pe. Juquinha). Ultimamente, a comunidade, mesmo em meio à sua pobreza material, resolveu dar continuidade à construção da igreja, o que alegra toda a nossa paróquia, já que Santa Efigênia, junto com Bicuíba, é uma comunidade antiga de Granada. O padre Luiz Martins está se empenhando e incentivando o povo da comunidade a continuar a obra e encerrá-la, a fim de que haja um local digno para o culto e os momentos de oração e reunião da comunidade.
Na época da demolição da igreja, o povo acabou perdendo a imagem de sua padroeira que foi completamente quebrada. Como prova da unidade de nossa paróquia, a comunidade de Bicuíba doou uma imagem de Santa Efigênia para a comunidade que seria entronizada solenemente na missa festiva do dia 26/09. Em virtude do mau tempo, e já que Bicuíba fica longe de Santa Efigênia, não foi possível a ida dos representantes à comunidade, mas as oportunidades não faltarão.
Parabéns à comunidade Santa Efigênia!


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Abrir os ouvidos e o coração

         A Palavra de Deus precisa ultrapassar o sentido da audição e entrar na alma da gente como quem escuta com o coração. Ela foi dirigida por Deus a nós por meio de gente como nós. Por isso, Deus se comunica conosco da maneira mais simples que poderia comunicar: põe-se entre nós e nossa história, transformando-nos e formando-nos pela sua Palavra.
          Ela é viva e eficaz (Hb 4,12), sacode o nosso ser. Pede de nós atitude. Uma atitude cristã frente ao mundo que necessita do nosso testemunho. São tantos os problemas da humanidade que nós cristãos devemos nos colocar firmes como quem ouve o próprio Deus falar direto a nós.
           A Palavra de Deus também é doce e suave (Sl 119,103), de onde nossa atitude deve ser cheia de humanidade. É dela que aprendemos o mandamento do amor (Jo 15,12-13), pois ninguém dá maior prova de amor do que aquele que se entrega pelos outros.
           Aprendemos na Palavra o caminho certo, por onde devemos seguir (Jo 14,6). Aliás a Palavra de Deus é uma luz a guiar o nosso caminho (Sl 119,105). Nunca saímos do rumo quando a ouvimos com o coração.
           Enfim, na Palavra de Deus, colocamos toda nossa certeza e confiança, pois ela é também presença de Deus entre nós, é Ele mesmo a nos dirigir sua palavra. Se sabemos quem somos, e, como cristãos, sabemos, foi dela que aprendemos, foi do próprio Deus.
           Neste mês da Bíblia possamos dar o devido destaque à Palavra, colocando-a em nossa vida, ouvindo-a com o coração e a alma, para além dos ouvidos. E que o próprio Deus continue presente entre nós.


domingo, 6 de setembro de 2009

Setembro: Mês da Bíblia


Há 38 anos a Igreja do Brasil celebra no mês de setembro o Mês da Bíblia. A celebração teve sua origem na arquidiocese de Belo Horizonte, em 1971, e foi se espalhando para todo o Brasil.

O objetivo do mês da Biblia, segundo a assessora da Comissão Bíblico-Catequético da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Maria Cecília Rover, é infundir no povo a convicção de que a Palavra de Deus é, por excelência, o livro que deve ser inserido na vida de cada pessoa. Fazer com que as famílias sintam necessidade de ter uma Bíblia em casa e incentivar a reunião das comunidades para o estudo e a vivência da Palavra de Deus.

“A centralidade da Palavra de Deus tem impulsionado a vida e a ação evangelizadora da nossa Igreja. A redescoberta da Sagrada Escritura e o seu uso constante por todas as Igrejas Cristãs no Brasil tem sido muito significativo para o processo e crescimento da experiência da fé das comunidades espalhadas pelo nosso imenso país”, afirmou a assessora da CNBB.

Sobre o mês da Bíblia, o membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom Jacinto Bergmann, explica que setembro é dedicado de forma especial “à Palavra de Deus”, e que o período é um estímulo para os fiéis se tornarem responsáveis pela causa de Jesus por meio do discipulado. “Isso também nos ajudará a sermos mais discípulos missionários de Jesus Cristo - Caminho certo, Verdade segura e Vida plena”, enfatizou.

Para este ano o livro proposto é a Carta de São Paulo ao Filipenses, cujo tema é “Alegria de servir no amor e na gratuidade” e o lema: “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2,5).


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O ACORDO ENTRE A SANTA SÉ E O GOVERNO BRASILEIRO

Nos últimos dias, tem se falado com muita fequência do acordo firmado entre a Santa Sé e o governo brasileiro. Trata-se, antes de mais nada, de um acordo no campo jurídico e diplomático, qie o Código de Direito Canônico, no Cân. 365 trata como concordata, ou seja, um pacto estável, onde os interesses entre a Santa Sé e o Estado são regulamentados, bem como suas ações.
Com os tratados de Latrão, em 1929, o então reino da Itália reconheceu a Igreja Católica como religião de estado e criou o Estado da Cidade do Vaticano como estado soberano. A partir daí, a Igreja Católica, a Santa Sé e o Estado da Cidade do Vaticano tornaram-se pessoas morais de direito governamental soberanas. É neste sentido que os países do mundo deixam de ter possíveis relações "simbólicas e espirituais" com a Igreja para terem suas relações internacionais sólidas com a Santa Sé e o Vaticano.
Que o estado brasileiro é laico desde a proclamação da República em 1889 todos nós já sabemos. O Concílio Vaticano II afirma o direito à liberdade religiosa, o que faz do estado laico um espaço de reivindicação desta liberdade a todas as religiões, bem como aos ateus.
Sendo assim, é importante compreendermos este acordo entre o Brasil e a Santa Sé na esfera jurídica, o que tem consequências práticas na vida dos católicos e da Igreja. Não se quer ferir a liberdade religiosa nem impor uma religião de Estado. Na verdade quer se garantiro devido respeito à Igreja e suas ações, bem como o reconhecimento de tal instituição dentro do Estado brasileiro.
Embora seja um acordo internacional, todos podem buscar seus direitos junto ao Estado. Não é ocasião para protestantes - principalmente os que são parlamentares - travarem qualquer tipo de combate conosco. Cada um reivindique o que é seu por direito, pois é preciso garantir a liberdade do estado laico, mesmo com a expressiva presença da Igreja em nosso país.


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Gripe suína adia Jubileu

A seguir, colocamos na íntegra o texto que se encontra no site da Arquidiocese a respeito do adiamento do Jubileu de Congonhas.


Adiado Jubileu do Bom Jesus em Congonhas

Por recomendações da Secretaria de Saúde da cidade de Congonhas (Região Mariana Oeste), diante das ameaças de difusão do vírus da Gripe A (H1N1), a Arquidiocese de Mariana resolveu adiar a tradicional festa religiosa que leva à cidade, todos os anos, no período de 7 a 14 de setembro, cerca de 100 mil romeiros.

Diante de tal situação, o arcebispo metropolitano de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, decidiu tomar esta prudente decisão acatando a proposta de transferência da celebração do Jubileu do Bom Jesus para uma nova data que ainda será definida.

Em seguida, leia na íntegra o documento que oficializa tal decisão assinado pelo vigário geral da Arquidiocese de Mariana, monsenhor Celso Murilo Sousa Reis.

Mariana, 20 de agosto de 2009

Circular: VG 09/09
Assunto: Adiamento do Jubileu de Congonhas

Prezados,

Cordiais saudações!

A Arquidiocese de Mariana foi procurada, nesta quarta-feira, 19 de agosto, na Cúria Metropolitana, por uma comissão da Secretaria de Saúde da cidade de Congonhas, que veio conversar sobre a realização do Jubileu do Bom Jesus, juntamente com o Reitor da Basílica, Pe. Benedito Pinto Rocha. O grupo era integrado pelo vice-prefeito, que exerce as funções de Secretário de Saúde, por um médico e por mais três técnicos da área da saúde pública.

A Prefeitura local está preocupada com a difusão do vírus da Gripe A (H1N1), pois, nos últimos dias, há 13 casos suspeitos na cidade e mais 195 pessoas sendo monitoradas com sintomas da “Influenza A”. A rede de saúde da cidade está trabalhando no limite e não tem como assumir uma demanda maior, caso seja necessário. O governo do Estado, por sua vez, já orientou as Prefeituras a cancelar eventos de maior porte.

O Jubileu leva à cidade, todos os anos, no período de 7 a 14 de setembro, mais ou menos cem mil romeiros. O público-alvo é formado por muitas pessoas com baixa imunidade (doentes, idosos, dentre outros), portanto, mais suscetíveis ao vírus. A Comissão da Secretaria Municipal de Saúde alertou para os riscos da realização do Jubileu nas atuais circunstâncias. A Prefeitura não vai autorizar barracas, mas adverte que o comércio local apenas (restaurantes, bares etc) não é suficiente para dar suporte ao número de romeiros. Já foram cancelados outros eventos municipais.

No desenrolar da conversa, pareceu prudente à Comissão sugerir ao Arcebispo de Mariana um adiamento do Jubileu, aguardando a evolução da pandemia nas próximas oito semanas, que parece ser o período crítico nesta região, segundo os especialistas.

Ao tomar conhecimento das ponderações feitas pelas autoridades competentes do município de Congonhas, Dom Geraldo Lyrio Rocha acolheu a proposta de transferir a celebração do Jubileu do Bom Jesus. A nova data será oportunamente definida.

Pedimos aos prezados sacerdotes e diáconos da Arquidiocese e aos profissionais da comunicação a divulgação desta notícia, explicando os motivos que levaram o Arcebispo de Mariana a tomar esta decisão. Contando com a compreensão de todos, em união de preces, subscrevo-me.

Mons. Celso Murilo Sousa Reis
Vigário Geral da Arquidiocese de Mariana



Consequentemente, a dimensão sócio-política decidiu por cancelar também o Grito dos Excluídos.


domingo, 16 de agosto de 2009

SERÁ SANTA ESTA GUERRA?


Temos visto nos últimos dias, uma algazarra em torno de denúncias acerca do uso indevido do dinheiro dos fiéis por parte do Sr. Edir Macedo, pseudobispo da Igreja Universal do Reino de Deus. Na verdade, esse tipo de denúncia é antigo. Sabe-se que a Universal se estabeleceu à custa de muito dinheiro dos pobres irmãos, fiéis à suposta pregação evangélica de Macedo. Sabe-se também que a dita igreja, bem como seus “bispos” e seu chefe supremo se enriqueceram através da manipulação daqueles mesmos fiéis. Pedirão provas, mas não precisamos delas. Já faz parte do senso comum o fato de o Sr Macedo ter o seu próprio império.

Mas o que está em questão não é o simples enriquecimento ilícito dos líderes da Universal, mas sim a potência que os mesmos têm nas mãos. Os meios de comunicação são, em nossos dias, instrumentos de persuasão genuínos, dos quais, com toda a certeza, temos que lançar mão, a fim de promover os mais diversos interesses. Espera-se do meio de comunicação cristão uma atitude cristã. Porém, por meio deles, principalmente da Rede Record de televisão, de propriedade da família do Sr. Macedo, a Universal tem colocado seu plano de destruição em prática. É que, em matéria de televisão, devemos nos lembrar da concorrência. É a audiência que eleva os níveis de faturamento da emissora, o que, por sua vez, faz engordar o bolso do proprietário.

Na verdade, a guerra é a da audiência, sobretudo entre a Record e a Rede Globo, da família Marinho. Como plano de fundo, um esquema político muito bem estruturado. Mas em prol da audiência, a Record quer usar os mesmos meios da concorrência. De fato, falar da Globo como uma emissora “suja” é de se esperar do público evangélico, pelo simples fato dela ser laica, livre de qualquer paradigma religioso. No entanto, a Rede Record foi comprada com o “suor” dos irmãos e agora se laicizou. Em nome da audiência faz o que a concorrente se propõe a fazer. Talvez até pior. Não que defendamos que as emissoras de cunho religioso devam veicular programação 100% religiosa, mas sim que os programas prezassem por valores cristãos, pela cidadania e pelo bem estar de todos. A Record, à medida que critica a rival, faz o seu jogo. O dinheiro e o poder corroem até mesmo pessoas ditas santas, o que esperar dos pecadores?

As denúncias não são simplesmente da Globo, mas de outros meios de comunicação e da própria justiça. Assim fica mais fácil acreditar sem preconceitos.

Perante tudo isso, de vez em quando se lembram de Deus. A Universal fez vigília e propôs boicote à Rede Globo por parte do público protestante. Nos sites e blogs a opinião evangélica pró Universal é grande. Muitos irmãos defendem pelo simples fato de serem “crentes”. Mas se esqueceram da recomendação de Jesus sobre os falsos profetas, os lobos em peles de cordeiro. Não queremos dizer aqui que o Sr. Macedo e seus companheiros sejam esses falsos profetas dos últimos tempos. Muito pelo contrário, eles são, de fato, empresários. E como empresários que são, estão dispostos a fazer de quase tudo para enriquecer e pelo sucesso de seu empreendimento.

Diante disso, o que esperar do futuro das igrejas? Ao ver nossa posição crítica, os irmãos separados mais radicais nos julgarão de hipócritas, nos lembrarão do passado, da inquisição, das cruzadas, da notícia atual sobre a pedofilia de alguns presbíteros da Igreja e, como sempre nos acusarão de um monte de crimes. Mas lembramos que a Igreja continua santa, virgem e intacta, o que poderia se esperar da Universal, se sua raiz fosse boa. Mas pelo que se sabe não é. Ninguém está em defesa da Rede Globo de televisão, mas estamos em defesa da verdade e da fé sem amarras.

Que Deus nos ajude a reconhecer a verdade sempre mais e viver a nossa fé cristã com autenticidade. “Buscai as coisas do alto” (Col 3, 1) é a resposta para que não nos deixemos levar por estes perigos que rondam nossos tempos, a fim de que construamos um mundo melhor e promovamos a paz entre nós, pois olhando para o céu, olharemos para o mundo e para a vida.


segunda-feira, 29 de junho de 2009

A lenda do Mendigo

Certa vez, um mendigo caminhava por uma estrada, na esperança de encontrar alguém que lhe desse alguma coisa. Estava já cansado e a tarde vinha chegando. Na sua sacola velha e empoeirada, levava apenas um pão duro, que o morador de um casebre lhe dera na manhã daquele dia.
De vez em quando o mendigo, cansado e sujo, olhava para frente e para trás, para ver se apontava alguém naquela estrada deserta. Qual não foi a sua alegria quando percebeu, ao longe, os sinais de uma carruagem. E sua alegria aumentava a medida que essa carruagem se aproximava: era o príncipe daquele país, que vinha com sua comitiva. O coração do mendigo bateu forte, iria ganhar uma poderosa ajuda. Colocou-se à margem do caminho, estendeu sua mão aberta e pediu:
- Dá-me um auxílio, por misericórdia!
O príncipe parou a carruagem e, por sua vez, disse ao mendigo:
- Eu é que lhe peço um pedaço de pão!
E o mendigo, sem entender nada do que estava acontecendo, enfiou a mão na sacola, quebrou um pedacinho daquele pão velho e o deu ao príncipe.
A carruagem desapareceu e o mendigo continuou lentamente, chateado e sentindo uma grande decepção. Ao chegar em casa, porém teve uma surpresa agradável: encontrou na sacola um pedacinho de ouro, precisamente do tamanho do pedaço de pão que havia dado ao príncipe...
Esta lenda nos mostra que muitas vezes temos esse comportamento: de alguém que precisa muito, mas com um coração egoísta, sempre buscando quem possa nos oferecer mais. E, ao sermos solicitados, ficamos confusos! Não estamos acostumados a dar, só pedir! Pára não pegar mal, quebramos um pedacinho do pão que temos. Poderíamos dar mais, mas não o fazemos.
E quando descobrimos a retribuição do príncipe, nos arrependemos e desejamos ter dado um pedaço maior do pão, apenas para ganharmos mais. Somos gananciosos!
Lembremos do nosso dízimo! / Qual é o tamanho da “pedrinha” que estamos dando a Deus? / “Quem semeia largamente, largamente colherá”, nos lembra São Paulo.
O Dízimo não é esmola. Dízimo é a porção que o cristão consciente entrega à comunidade cristã a que pertence, como um ato de fé e obediência a Deus, reconhecendo-o como Senhor e Criador de todas as coisas.Deus aceita o dízimo que oferecemos e transforma numa dádiva incomparável, de valor infinito.


quinta-feira, 23 de abril de 2009

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Pedagogia litúrgica - mês de abril de 2011

Abril pode ser definido como o grande “mês pascal” da Liturgia. Na realidade todos os meses celebram o dom da Páscoa, mas este se faz mais evidente, porque nele torna-se palpável a passagem da vida divina em nossas celebrações e em nossas vidas. É assim com Jesus passando e iluminando nossas cegueiras (4DQ), é assim com Jesus derrotando a morte em Lázaro para que faça sua Páscoa, saindo da morte para voltar a viver (5DQ).

Esta característica pascal se manifesta na alegria da “Dominica laetare”, que exulta de alegria pela proximidade da Páscoa de Jesus Cristo (4DQ). Exultação de alegria manifestada na simbologia da luz de Jesus Cristo, capaz de iluminar a escuridão de olhos cegos para se viver na verdade do Evangelho, correspondendo à vocação cristã de se deixar iluminar pelo Evangelho. A cura do cego nato demonstra como Jesus ilumina a vida do batizado e promove nele a graça de participar da nova criação, propondo-lhe um novo estilo de viver (4DQ), revestindo-nos com a veste da vida divina, oferecida pelo próprio Jesus Cristo, para não compactuarmos com a cultura da morte, mas sempre com a promoção da vida (5DQ). O cristão não é um monte de ossos ressequidos, pois seu corpo é morada do Espírito de Deus, quer dizer, do Espírito que enche a vida humana com a vida divina. O cristão que se faz discípulo de Jesus não vive em sepulturas, mas na festa da vida (5DQ).

Diante da Cruz

Um bom modo de viver a Semana Santa é colocar-nos diante da Cruz de Jesus Cristo. No momento da crucifixão, três grupos de pessoas passaram diante da Cruz: aquele povão, que buscava um pop-star, mas se decepcionou quando o viu fazendo a vontade do Pai, os intelectuais com uma cultura incapaz de compreender a lógica divina, e os malfeitores, que foram crucificados com Jesus, um de cada lado. Em qual destes grupos você se identificaria, hoje. A resposta só pode ser dada depois de refletir profundamente como você vive a vida cristã, se próximo ou distante de Deus. Mas, existem outros convites para se entrar bem na Semana Santa. Jesus, por exemplo, passou aquela Semana marcada pelo sofrimento fortalecendo-se na certeza que voltava ao Pai. É com este espírito que ensina o caminho através do serviço, pelo gesto do lava-pés. Um gesto de serviço, que não nos deixa desanimar diante da visão da Cruz. Mesmo assim, é preciso reconhecer que perguntas e questionamentos jamais cessaram (nem cessarão) diante do sofrimento; de todas as formas de sofrimento. De algum modo, todos beberemos (alguns irmãos e irmãs bebem) deste cálice tão amargo para a humanidade. Diante desta Cálice, que Jesus pede para ser afastado, é possível presenciar em Jesus a sede de fazer a vontade do Pai. O cálice da vontade do Pai é mais importante que o medo do cálice do sofrimento e da morte. O Pai reconhece o amor de Jesus, aceita seu sacrifício e o livra da morte, ressuscitando-o.

Diante da Ressurreição

A força da Páscoa não se esconde somente no fato histórico, acontecido em Jesus Cristo. Mais que uma realidade histórica, é também uma realidade que aconteceu na vida de Jesus Cristo: ele morreu e o Pai o ressuscitou. É também uma realidade que se atualiza em nossos dias, nos sacramentos celebrados na Igreja, através do testemunho vivo dos discípulos de Jesus, na promoção da vida onde a humanidade (de hoje) esquece ou tenta afastar Deus da sua história.

A Ressurreição de Jesus traz uma realidade nova para o mundo: nós podemos participar da vida divina, porque pela Ressurreição de Jesus o mundo de Deus entrou definitivamente no mundo humano. O modo como participamos da vida divina é semelhante ao fermento que leveda a massa do pão: é uma experiência interior, que faz crescer o amor e a fé dentro de quem se torna discípulo amado de Jesus. Este não exige muitas provas porque é capaz de ler na simplicidade dos sinais a passagem divina.

Formação Litúrgica

Ministério de Leitores

A Liturgia da Palavra é uma celebração. É necessário, pois, que se note que celebramos a Palavra, como depois celebramos a Eucaristia.

Assim, não é nem um momento de leituras atropeladas que se colocam antes da homilia e da celebração eucarística; nem uma reunião de instrução ou de discussão que, depois, concluirá com os ritos eucarísticos (que ficarão, assim, desvalorizados, porque não são tão "instrutivos").

O serviço do leitor é muito importante dentro da assembléia. Os que o realizam devem estar conscientes disso e viver a alegria e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de ser os que tornarão possível que a assembléia receba e celebre aquela Palavra com a qual Deus fala aos seus fiéis, aqueles textos que são como que textos constituintes da fé.

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