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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Padre e Pai

No mês de agosto celebramos as vocações. Todo cristão foi chamado por Deus desde o ventre de sua mãe a vivenciar a sua vocação. No batismo fomos adotados por Ele que antes já havia nos tomado como seus filhos amados. Aprendemos com Jesus que Deus é nosso Pai que está no céu. Aos nossos pais que estão na terra, devemos obediência, carinho e amor. Se assim o somos, como não seremos fiéis ao nosso Pai celeste? A nossa vocação é para a santidade no serviço, ou seja, devemos ser cristãos autênticos em todo lugar. A família é o primeiro lugar onde vivenciamos a nossa resposta ao chamado de Deus. É lá que exercitamos de modo sublime o mandamento do amor.
Quando falamos em vocações lembramos de nossos Sacerdotes e religiosos. Os presbíteros da Igreja tomaram de nós um nome carinhoso: Padre. Padre é pai. Se aos nossos pais devemos carinho e obediência, aos nossos padres devemos atenção, pois eles em primeiro lugar nos transmitem a Palavra de Deus e as verdades da nossa fé. São os padres que fazem chegar os sacramentos a todos os cantos de mundo onde está a Igreja. Muitos são pecadores como nós, mas como muitos de nós, estão em busca de santidade. São nossos modelos, como são os nossos pais.
Neste mês de agosto, mês das vocações, agradeçamos a Deus por nossos padres e pais e por todos aqueles que souberam responder o seu SIM doando sua vida pela família e pelo Reino de Deus.


Servir a Deus com alegria

É bem conhecida a passagem da viúva que doa suas moedinhas no templo, fato apontado por Jesus como exemplo, por ter oferecido a Deus tudo o que ela possuía, enquanto os escribas ostentavam os grandes tesouros que ofertavam, mas, na verdade, eram suas sobras (cf. Mc 12, 41 - 44; Lc 21, 1-4). Esse texto é típico de discursos que falam sobre o dízimo, a oferta, etc., mas tomo a liberdade de chamar a conversa para outro aspecto de doação a Deus: a doação do nosso tempo para algum serviço na Igreja.

Servir a Deus traz muitas alegrias, toma tempo, sim, mas o pouco que se dá a Ele é multiplicado demais! Porém, nem todo o mundo entende essa verdade. Quando a gente chama alguém para um serviço na Igreja, em boa parte das vezes a pessoa já vai logo falando que não tem tempo, que tem o marido, os filhos, a escola, ou que está desempregada. Enfim, coloca tantos empecilhos sem nem parar para analisar o convite.

As pessoas precisam desfazer o preconceito de que quem serve a Deus deixa de viver e se isola. Nada disso, quando nós servimos a Deus a nossa vida muda, mas para melhor. Servir ao Senhor é um ato de humildade, principalmente nos dias de hoje, em que todas as atitudes visam o lucro. O serviço a Deus é graça, e quem serve entende que tudo que se tem vem da gratuidade do Senhor, e nada mais justo que retribuir em ações que edificam a Sua Igreja. Não é moeda de troca, mas o serviço fiel ao Senhor nos mostra a fidelidade d'Ele para conosc,o pois enquanto cuidamos das coisas d'Ele, vamos percebendo o cuidado d'Ele para com a nossa família e nossa vida.

O serviço voluntário na Igreja, além de gerar muitos benefícios a você e aos demais, também abre muitas portas para você no ambiente profissional e social. Testemunho que há mais de dez anos sirvo a Deus e nunca fiquei desempregada, ao contrário, o serviço [à Igreja] amplia – e muito – o nosso networking!

Comece a reparar que, em geral, as pessoas que servem a Deus têm vários outros compromissos e dão conta do recado, enquanto que boa parte de quem está à toa ao seu redor nunca tem tempo para as coisas de Deus. Quem serve ao Altíssimo não é melhor que os outros, mas talvez faça escolhas mais direcionadas, tenha foco e, portanto, consiga aproveitar melhor as 24 horas do dia em atividades sadias e de resultado.

É claro que um bocado de discernimento é importante, pois também existem pessoas que pegam tudo que é serviço na Igreja de uma vez só; e, provavelmente, não vão dar conta de tudo.

Ressalto também que a opção pelo servir tem de vir do coração, não só porque alguém o chamou ou porque toda a família e o grupo de amigos fazem, senão você corre o risco de ficar “posando de gatão”, fazendo muitas coisas só para agradar os outros. Só Deus conhece seu coração e o quer feliz; se for para servir que seja de coração.

Outro problema é o povo que aceita servir ao Senhor e esquece a família, a vida social, os estudos, o trabalho. Se esse é o seu caso, sugiro procurar um orientador vocacional: quem sabe sua alma anseia por uma vivência da fé e do serviço em alguma congregação?

Admiro as pessoas com postura madura, que aceitam o que vão conseguir fazer e que se negam a assumir coisas para além do seu tempo. Somos humanos e é preciso maturidade para aceitar que ninguém é insubstituível e que outra pessoa poderá realizar aquilo que momentaneamente você precisou recusar. Não estou ignorando que a messe é grande e os operários, poucos (cf. Mt 9, 37). Mas se cada cristão assumir um pedacinho da messe ninguém ficará sobrecarregado.

Existe muito serviço na Igreja e espaço para todos que, de coração, desejam servir com humildade. Se você exerce ou já exerceu algum serviço na Igreja, sabe bem do que estou falando. E se está aí, olhando para o alto, sem nenhum serviço, converse com seu pároco, com o coordenador de seu grupo de oração, com os amigos e veja as possibilidades existentes em sua comunidade para que possa servir. Talvez, você esteja aí, como a viúva, só com uma "moedinha de tempo", é esse pouco tempo que pode salvar almas, a partir do seu "SIM".

Foto Mariella Silva de Oliveira

cancaonova.com



Pedagogia litúrgica - mês de abril de 2011

Abril pode ser definido como o grande “mês pascal” da Liturgia. Na realidade todos os meses celebram o dom da Páscoa, mas este se faz mais evidente, porque nele torna-se palpável a passagem da vida divina em nossas celebrações e em nossas vidas. É assim com Jesus passando e iluminando nossas cegueiras (4DQ), é assim com Jesus derrotando a morte em Lázaro para que faça sua Páscoa, saindo da morte para voltar a viver (5DQ).

Esta característica pascal se manifesta na alegria da “Dominica laetare”, que exulta de alegria pela proximidade da Páscoa de Jesus Cristo (4DQ). Exultação de alegria manifestada na simbologia da luz de Jesus Cristo, capaz de iluminar a escuridão de olhos cegos para se viver na verdade do Evangelho, correspondendo à vocação cristã de se deixar iluminar pelo Evangelho. A cura do cego nato demonstra como Jesus ilumina a vida do batizado e promove nele a graça de participar da nova criação, propondo-lhe um novo estilo de viver (4DQ), revestindo-nos com a veste da vida divina, oferecida pelo próprio Jesus Cristo, para não compactuarmos com a cultura da morte, mas sempre com a promoção da vida (5DQ). O cristão não é um monte de ossos ressequidos, pois seu corpo é morada do Espírito de Deus, quer dizer, do Espírito que enche a vida humana com a vida divina. O cristão que se faz discípulo de Jesus não vive em sepulturas, mas na festa da vida (5DQ).

Diante da Cruz

Um bom modo de viver a Semana Santa é colocar-nos diante da Cruz de Jesus Cristo. No momento da crucifixão, três grupos de pessoas passaram diante da Cruz: aquele povão, que buscava um pop-star, mas se decepcionou quando o viu fazendo a vontade do Pai, os intelectuais com uma cultura incapaz de compreender a lógica divina, e os malfeitores, que foram crucificados com Jesus, um de cada lado. Em qual destes grupos você se identificaria, hoje. A resposta só pode ser dada depois de refletir profundamente como você vive a vida cristã, se próximo ou distante de Deus. Mas, existem outros convites para se entrar bem na Semana Santa. Jesus, por exemplo, passou aquela Semana marcada pelo sofrimento fortalecendo-se na certeza que voltava ao Pai. É com este espírito que ensina o caminho através do serviço, pelo gesto do lava-pés. Um gesto de serviço, que não nos deixa desanimar diante da visão da Cruz. Mesmo assim, é preciso reconhecer que perguntas e questionamentos jamais cessaram (nem cessarão) diante do sofrimento; de todas as formas de sofrimento. De algum modo, todos beberemos (alguns irmãos e irmãs bebem) deste cálice tão amargo para a humanidade. Diante desta Cálice, que Jesus pede para ser afastado, é possível presenciar em Jesus a sede de fazer a vontade do Pai. O cálice da vontade do Pai é mais importante que o medo do cálice do sofrimento e da morte. O Pai reconhece o amor de Jesus, aceita seu sacrifício e o livra da morte, ressuscitando-o.

Diante da Ressurreição

A força da Páscoa não se esconde somente no fato histórico, acontecido em Jesus Cristo. Mais que uma realidade histórica, é também uma realidade que aconteceu na vida de Jesus Cristo: ele morreu e o Pai o ressuscitou. É também uma realidade que se atualiza em nossos dias, nos sacramentos celebrados na Igreja, através do testemunho vivo dos discípulos de Jesus, na promoção da vida onde a humanidade (de hoje) esquece ou tenta afastar Deus da sua história.

A Ressurreição de Jesus traz uma realidade nova para o mundo: nós podemos participar da vida divina, porque pela Ressurreição de Jesus o mundo de Deus entrou definitivamente no mundo humano. O modo como participamos da vida divina é semelhante ao fermento que leveda a massa do pão: é uma experiência interior, que faz crescer o amor e a fé dentro de quem se torna discípulo amado de Jesus. Este não exige muitas provas porque é capaz de ler na simplicidade dos sinais a passagem divina.

Formação Litúrgica

Ministério de Leitores

A Liturgia da Palavra é uma celebração. É necessário, pois, que se note que celebramos a Palavra, como depois celebramos a Eucaristia.

Assim, não é nem um momento de leituras atropeladas que se colocam antes da homilia e da celebração eucarística; nem uma reunião de instrução ou de discussão que, depois, concluirá com os ritos eucarísticos (que ficarão, assim, desvalorizados, porque não são tão "instrutivos").

O serviço do leitor é muito importante dentro da assembléia. Os que o realizam devem estar conscientes disso e viver a alegria e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de ser os que tornarão possível que a assembléia receba e celebre aquela Palavra com a qual Deus fala aos seus fiéis, aqueles textos que são como que textos constituintes da fé.

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