De vez em quando o mendigo, cansado e sujo, olhava para frente e para trás, para ver se apontava alguém naquela estrada deserta. Qual não foi a sua alegria quando percebeu, ao longe, os sinais de uma carruagem. E sua alegria aumentava a medida que essa carruagem se aproximava: era o príncipe daquele país, que vinha com sua comitiva. O coração do mendigo bateu forte, iria ganhar uma poderosa ajuda. Colocou-se à margem do caminho, estendeu sua mão aberta e pediu:
- Dá-me um auxílio, por misericórdia!
- Eu é que lhe peço um pedaço de pão!
A carruagem desapareceu e o mendigo continuou lentamente, chateado e sentindo uma grande decepção. Ao chegar em casa, porém teve uma surpresa agradável: encontrou na sacola um pedacinho de ouro, precisamente do tamanho do pedaço de pão que havia dado ao príncipe...
Esta lenda nos mostra que muitas vezes temos esse comportamento: de alguém que precisa muito, mas com um coração egoísta, sempre buscando quem possa nos oferecer mais. E, ao sermos solicitados, ficamos confusos! Não estamos acostumados a dar, só pedir! Pára não pegar mal, quebramos um pedacinho do pão que temos. Poderíamos dar mais, mas não o fazemos.
E quando descobrimos a retribuição do príncipe, nos arrependemos e desejamos ter dado um pedaço maior do pão, apenas para ganharmos mais. Somos gananciosos!
Lembremos do nosso dízimo! / Qual é o tamanho da “pedrinha” que estamos dando a Deus? / “Quem semeia largamente, largamente colherá”, nos lembra São Paulo.