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terça-feira, 20 de outubro de 2009

O problema da violência em Granada

Desordem, violência, drogas. Estas coisas têm atrapalhado a tranquilidade que em outros tempos reinou em Granada. No último final de semana, um grupo de três adolescentes espancou uma jovem na rua. Não sabemos os reais motivos dessa atitude, mas sempre soubemos que nada justifica a violência. Dizem que a referida jovem apanhou com capacetes de moto e só não morreu em decorrência deste fato porque alguém finalmente apareceu.

Depois do acontecido, dizem que a polícia foi procurada, o que não surtiu efeito. Além de tudo, as pessoas ainda saem em defesa dos rapazes, dizendo que ela merecia. Isso tudo traz à tona um tipo de preconceito muito escrachado na sociedade brasileira, contra os menos favorecidos. A situação piora quando sabemos que a moça é alcoólatra, tem duas filhas – cada uma com um homem diferente – e está sempre envolvida em escândalos sexuais. Mas nem isso justifica a violência.

Com isso, vem mais coisa à tona. O problema da violência em Granada ultrapassa qualquer espancamento público. O que dizer do som automotivo, que chega a ensurdecer as pessoas (com uma música de péssimo gosto) e atrapalhar o sono dos moradores daqui? E as motocicletas, que só não atropelaram ninguém por pura sorte? Diante de tudo isso, nos perguntamos onde está a ordem e que atitude podemos tomar. Chegamos à conclusão de que enfrentamos um problema político de dimensões enormes, onde os que deveriam se preocupar com a paz do lugar, se preocupam sim com seu próprio bolso. Enfrentamos também um problema na educação, onde os pais jogam toda a responsabilidade para cima da escola enquanto esta não cumpre nem mesmo a sua, que é ensinar. Assim, qual será o futuro das nossas crianças? Com certeza estarão entre os espancadores ou serão as vítimas da violência.

E no fim, as vítimas seremos todos nós. A fama que Granada teve num passado distante voltará, mas com dimensões muito maiores, envolvida em modernidade, onde se “acha bonito” tudo o que sempre foi tido como errado. Os menores sabem dos seus direitos, os maiores não cumprem seus deveres, a polícia se faz de desentendida, a justiça continua cega, o poder público defende os errados e nós ficamos no meio da guerra, pois não é preciso estar na favela das grandes cidades para experimentar o caos.


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Pedagogia litúrgica - mês de abril de 2011

Abril pode ser definido como o grande “mês pascal” da Liturgia. Na realidade todos os meses celebram o dom da Páscoa, mas este se faz mais evidente, porque nele torna-se palpável a passagem da vida divina em nossas celebrações e em nossas vidas. É assim com Jesus passando e iluminando nossas cegueiras (4DQ), é assim com Jesus derrotando a morte em Lázaro para que faça sua Páscoa, saindo da morte para voltar a viver (5DQ).

Esta característica pascal se manifesta na alegria da “Dominica laetare”, que exulta de alegria pela proximidade da Páscoa de Jesus Cristo (4DQ). Exultação de alegria manifestada na simbologia da luz de Jesus Cristo, capaz de iluminar a escuridão de olhos cegos para se viver na verdade do Evangelho, correspondendo à vocação cristã de se deixar iluminar pelo Evangelho. A cura do cego nato demonstra como Jesus ilumina a vida do batizado e promove nele a graça de participar da nova criação, propondo-lhe um novo estilo de viver (4DQ), revestindo-nos com a veste da vida divina, oferecida pelo próprio Jesus Cristo, para não compactuarmos com a cultura da morte, mas sempre com a promoção da vida (5DQ). O cristão não é um monte de ossos ressequidos, pois seu corpo é morada do Espírito de Deus, quer dizer, do Espírito que enche a vida humana com a vida divina. O cristão que se faz discípulo de Jesus não vive em sepulturas, mas na festa da vida (5DQ).

Diante da Cruz

Um bom modo de viver a Semana Santa é colocar-nos diante da Cruz de Jesus Cristo. No momento da crucifixão, três grupos de pessoas passaram diante da Cruz: aquele povão, que buscava um pop-star, mas se decepcionou quando o viu fazendo a vontade do Pai, os intelectuais com uma cultura incapaz de compreender a lógica divina, e os malfeitores, que foram crucificados com Jesus, um de cada lado. Em qual destes grupos você se identificaria, hoje. A resposta só pode ser dada depois de refletir profundamente como você vive a vida cristã, se próximo ou distante de Deus. Mas, existem outros convites para se entrar bem na Semana Santa. Jesus, por exemplo, passou aquela Semana marcada pelo sofrimento fortalecendo-se na certeza que voltava ao Pai. É com este espírito que ensina o caminho através do serviço, pelo gesto do lava-pés. Um gesto de serviço, que não nos deixa desanimar diante da visão da Cruz. Mesmo assim, é preciso reconhecer que perguntas e questionamentos jamais cessaram (nem cessarão) diante do sofrimento; de todas as formas de sofrimento. De algum modo, todos beberemos (alguns irmãos e irmãs bebem) deste cálice tão amargo para a humanidade. Diante desta Cálice, que Jesus pede para ser afastado, é possível presenciar em Jesus a sede de fazer a vontade do Pai. O cálice da vontade do Pai é mais importante que o medo do cálice do sofrimento e da morte. O Pai reconhece o amor de Jesus, aceita seu sacrifício e o livra da morte, ressuscitando-o.

Diante da Ressurreição

A força da Páscoa não se esconde somente no fato histórico, acontecido em Jesus Cristo. Mais que uma realidade histórica, é também uma realidade que aconteceu na vida de Jesus Cristo: ele morreu e o Pai o ressuscitou. É também uma realidade que se atualiza em nossos dias, nos sacramentos celebrados na Igreja, através do testemunho vivo dos discípulos de Jesus, na promoção da vida onde a humanidade (de hoje) esquece ou tenta afastar Deus da sua história.

A Ressurreição de Jesus traz uma realidade nova para o mundo: nós podemos participar da vida divina, porque pela Ressurreição de Jesus o mundo de Deus entrou definitivamente no mundo humano. O modo como participamos da vida divina é semelhante ao fermento que leveda a massa do pão: é uma experiência interior, que faz crescer o amor e a fé dentro de quem se torna discípulo amado de Jesus. Este não exige muitas provas porque é capaz de ler na simplicidade dos sinais a passagem divina.

Formação Litúrgica

Ministério de Leitores

A Liturgia da Palavra é uma celebração. É necessário, pois, que se note que celebramos a Palavra, como depois celebramos a Eucaristia.

Assim, não é nem um momento de leituras atropeladas que se colocam antes da homilia e da celebração eucarística; nem uma reunião de instrução ou de discussão que, depois, concluirá com os ritos eucarísticos (que ficarão, assim, desvalorizados, porque não são tão "instrutivos").

O serviço do leitor é muito importante dentro da assembléia. Os que o realizam devem estar conscientes disso e viver a alegria e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de ser os que tornarão possível que a assembléia receba e celebre aquela Palavra com a qual Deus fala aos seus fiéis, aqueles textos que são como que textos constituintes da fé.

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