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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Gripe suína adia Jubileu

A seguir, colocamos na íntegra o texto que se encontra no site da Arquidiocese a respeito do adiamento do Jubileu de Congonhas.


Adiado Jubileu do Bom Jesus em Congonhas

Por recomendações da Secretaria de Saúde da cidade de Congonhas (Região Mariana Oeste), diante das ameaças de difusão do vírus da Gripe A (H1N1), a Arquidiocese de Mariana resolveu adiar a tradicional festa religiosa que leva à cidade, todos os anos, no período de 7 a 14 de setembro, cerca de 100 mil romeiros.

Diante de tal situação, o arcebispo metropolitano de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, decidiu tomar esta prudente decisão acatando a proposta de transferência da celebração do Jubileu do Bom Jesus para uma nova data que ainda será definida.

Em seguida, leia na íntegra o documento que oficializa tal decisão assinado pelo vigário geral da Arquidiocese de Mariana, monsenhor Celso Murilo Sousa Reis.

Mariana, 20 de agosto de 2009

Circular: VG 09/09
Assunto: Adiamento do Jubileu de Congonhas

Prezados,

Cordiais saudações!

A Arquidiocese de Mariana foi procurada, nesta quarta-feira, 19 de agosto, na Cúria Metropolitana, por uma comissão da Secretaria de Saúde da cidade de Congonhas, que veio conversar sobre a realização do Jubileu do Bom Jesus, juntamente com o Reitor da Basílica, Pe. Benedito Pinto Rocha. O grupo era integrado pelo vice-prefeito, que exerce as funções de Secretário de Saúde, por um médico e por mais três técnicos da área da saúde pública.

A Prefeitura local está preocupada com a difusão do vírus da Gripe A (H1N1), pois, nos últimos dias, há 13 casos suspeitos na cidade e mais 195 pessoas sendo monitoradas com sintomas da “Influenza A”. A rede de saúde da cidade está trabalhando no limite e não tem como assumir uma demanda maior, caso seja necessário. O governo do Estado, por sua vez, já orientou as Prefeituras a cancelar eventos de maior porte.

O Jubileu leva à cidade, todos os anos, no período de 7 a 14 de setembro, mais ou menos cem mil romeiros. O público-alvo é formado por muitas pessoas com baixa imunidade (doentes, idosos, dentre outros), portanto, mais suscetíveis ao vírus. A Comissão da Secretaria Municipal de Saúde alertou para os riscos da realização do Jubileu nas atuais circunstâncias. A Prefeitura não vai autorizar barracas, mas adverte que o comércio local apenas (restaurantes, bares etc) não é suficiente para dar suporte ao número de romeiros. Já foram cancelados outros eventos municipais.

No desenrolar da conversa, pareceu prudente à Comissão sugerir ao Arcebispo de Mariana um adiamento do Jubileu, aguardando a evolução da pandemia nas próximas oito semanas, que parece ser o período crítico nesta região, segundo os especialistas.

Ao tomar conhecimento das ponderações feitas pelas autoridades competentes do município de Congonhas, Dom Geraldo Lyrio Rocha acolheu a proposta de transferir a celebração do Jubileu do Bom Jesus. A nova data será oportunamente definida.

Pedimos aos prezados sacerdotes e diáconos da Arquidiocese e aos profissionais da comunicação a divulgação desta notícia, explicando os motivos que levaram o Arcebispo de Mariana a tomar esta decisão. Contando com a compreensão de todos, em união de preces, subscrevo-me.

Mons. Celso Murilo Sousa Reis
Vigário Geral da Arquidiocese de Mariana



Consequentemente, a dimensão sócio-política decidiu por cancelar também o Grito dos Excluídos.


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Pedagogia litúrgica - mês de abril de 2011

Abril pode ser definido como o grande “mês pascal” da Liturgia. Na realidade todos os meses celebram o dom da Páscoa, mas este se faz mais evidente, porque nele torna-se palpável a passagem da vida divina em nossas celebrações e em nossas vidas. É assim com Jesus passando e iluminando nossas cegueiras (4DQ), é assim com Jesus derrotando a morte em Lázaro para que faça sua Páscoa, saindo da morte para voltar a viver (5DQ).

Esta característica pascal se manifesta na alegria da “Dominica laetare”, que exulta de alegria pela proximidade da Páscoa de Jesus Cristo (4DQ). Exultação de alegria manifestada na simbologia da luz de Jesus Cristo, capaz de iluminar a escuridão de olhos cegos para se viver na verdade do Evangelho, correspondendo à vocação cristã de se deixar iluminar pelo Evangelho. A cura do cego nato demonstra como Jesus ilumina a vida do batizado e promove nele a graça de participar da nova criação, propondo-lhe um novo estilo de viver (4DQ), revestindo-nos com a veste da vida divina, oferecida pelo próprio Jesus Cristo, para não compactuarmos com a cultura da morte, mas sempre com a promoção da vida (5DQ). O cristão não é um monte de ossos ressequidos, pois seu corpo é morada do Espírito de Deus, quer dizer, do Espírito que enche a vida humana com a vida divina. O cristão que se faz discípulo de Jesus não vive em sepulturas, mas na festa da vida (5DQ).

Diante da Cruz

Um bom modo de viver a Semana Santa é colocar-nos diante da Cruz de Jesus Cristo. No momento da crucifixão, três grupos de pessoas passaram diante da Cruz: aquele povão, que buscava um pop-star, mas se decepcionou quando o viu fazendo a vontade do Pai, os intelectuais com uma cultura incapaz de compreender a lógica divina, e os malfeitores, que foram crucificados com Jesus, um de cada lado. Em qual destes grupos você se identificaria, hoje. A resposta só pode ser dada depois de refletir profundamente como você vive a vida cristã, se próximo ou distante de Deus. Mas, existem outros convites para se entrar bem na Semana Santa. Jesus, por exemplo, passou aquela Semana marcada pelo sofrimento fortalecendo-se na certeza que voltava ao Pai. É com este espírito que ensina o caminho através do serviço, pelo gesto do lava-pés. Um gesto de serviço, que não nos deixa desanimar diante da visão da Cruz. Mesmo assim, é preciso reconhecer que perguntas e questionamentos jamais cessaram (nem cessarão) diante do sofrimento; de todas as formas de sofrimento. De algum modo, todos beberemos (alguns irmãos e irmãs bebem) deste cálice tão amargo para a humanidade. Diante desta Cálice, que Jesus pede para ser afastado, é possível presenciar em Jesus a sede de fazer a vontade do Pai. O cálice da vontade do Pai é mais importante que o medo do cálice do sofrimento e da morte. O Pai reconhece o amor de Jesus, aceita seu sacrifício e o livra da morte, ressuscitando-o.

Diante da Ressurreição

A força da Páscoa não se esconde somente no fato histórico, acontecido em Jesus Cristo. Mais que uma realidade histórica, é também uma realidade que aconteceu na vida de Jesus Cristo: ele morreu e o Pai o ressuscitou. É também uma realidade que se atualiza em nossos dias, nos sacramentos celebrados na Igreja, através do testemunho vivo dos discípulos de Jesus, na promoção da vida onde a humanidade (de hoje) esquece ou tenta afastar Deus da sua história.

A Ressurreição de Jesus traz uma realidade nova para o mundo: nós podemos participar da vida divina, porque pela Ressurreição de Jesus o mundo de Deus entrou definitivamente no mundo humano. O modo como participamos da vida divina é semelhante ao fermento que leveda a massa do pão: é uma experiência interior, que faz crescer o amor e a fé dentro de quem se torna discípulo amado de Jesus. Este não exige muitas provas porque é capaz de ler na simplicidade dos sinais a passagem divina.

Formação Litúrgica

Ministério de Leitores

A Liturgia da Palavra é uma celebração. É necessário, pois, que se note que celebramos a Palavra, como depois celebramos a Eucaristia.

Assim, não é nem um momento de leituras atropeladas que se colocam antes da homilia e da celebração eucarística; nem uma reunião de instrução ou de discussão que, depois, concluirá com os ritos eucarísticos (que ficarão, assim, desvalorizados, porque não são tão "instrutivos").

O serviço do leitor é muito importante dentro da assembléia. Os que o realizam devem estar conscientes disso e viver a alegria e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de ser os que tornarão possível que a assembléia receba e celebre aquela Palavra com a qual Deus fala aos seus fiéis, aqueles textos que são como que textos constituintes da fé.

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